“Todos os dados que o Bloco de Esquerda adiantou são dados públicos” e encontram-se “quer na base de dados do registo societário do Ministério da Justiça, que é a base oficial do registo das empresas, como na base de dados da eInforma”, começou por explicar a coordenadora do BE.
“Três desses governantes disseram que entretanto venderam essas participações. Acho que essa correção é importante de se fazer, registamos essa correção e agradecemos a transparência”, prosseguiu.
“Obviamente não temos qualquer razão para duvidar da palavra da ministra e dos dois secretários de Estado que fizeram essa correção, que era obviamente impossível de concluir tendo em conta o que está publicamente registado”.
A ministra da Cultura reagiu, entretanto, em comunicado, dizendo que teve uma “participação” numa sociedade de arquitetura, mas que procedeu à “cedência da quota” antes da tomada de posse. Para Dalila Rodrigues, “em política não vale tudo”.
Também o secretário de Estado da Cultura, igualmente acusado pelo Bloco, reagiu dizendo que não possui participações em empresas imobiliárias e que cedeu a quota numa empresa comercial antes de tomar posse, a 13 de fevereiro.
A secretária de Estado da Habitação negou também deter empresas imobiliárias e disse que essa informação é “falsa e difamatória”.
Esta manhã, apesar de afirmar que acredita nas justificações dos governantes, Mariana Mortágua vincou que a conclusão que o BE tirou sobre os mesmos se mantém.
“A conclusão que tirámos sobre os vários governantes (…) mantém-se e é só uma: um Governo que olha para a Habitação do ponto de vista do imobiliário – de quem tem, teve, empresas de imobiliário – não é capaz de defender quem precisa de uma casa e que os preços das casas desçam”, declarou.
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