Segundo a porta-voz do partido, o sentido de voto prende-se ainda com uma “ausência de prestação de informação” de Luís Montenegro à Entidade para a Transparência sobre a atividade da empresa da família do chefe do Governo e com pouca informação sobre “avenças” e uma “diferença de tratamento” em relação à Spinumviva.
“Entendemos que o primeiro-ministro não prestou todos os esclarecimentos que tinha a prestar à Assembleia da República aquando do debate da moção de censura apresentada pelo Chega. Tinha oportunidade de prestar esses esclarecimentos ao parlamento”, insiste Inês Sousa Real, que acrescenta: “Os dados que têm vindo sucessivamente a público em torno da empresa e da continuidade de exercício em funções podem ser suscetíveis de violar, de alguma forma, o dever de exclusividade que o primeiro-ministro tem no exercício da sua função”.
Em declarações à Antena 1, Inês Sousa Real critica ainda a postura do presidente da República e defende que Marcelo Rebelo de Sousa devia ter outro tipo de avaliação perante o caso.
“Um presidente da República em silêncio perante um Governo que é da sua cor política, o que também, para nós, é incompreensível”, diz a deputada e líder do partido.
“Independentemente daquilo que possa ser um momento para o país ir a eleições, nós entendemos que o país não deve andar a reboque das conveniências político-partidárias, mas sim da seriedade que os assuntos nos merecem”, afirma.
Para a porta-voz do PAN, o caso a envolver Luís Montenegro é “demasiado grave” e uma continuação dos problemas do anterior Governo. “Continuamos a ter casos e casinhos”.
Além do PAN, também o BE vota a favor da moção de censura ao Governo apresentada pelo PCP. PSD, CDS-PP, PS e IL já anunciaram o voto contra.
Deixe um comentário