Depois dos desenvolvimentos políticos dos últimos dias, o presidente da República e o primeiro-ministro reuniram-se finalmente para falar.
A reunião aconteceu depois de Belém ter feito saber que Luís Montenegro não comunicou ao presidente o que ia dizer ao país no sábado. Após a comunicação ao país, Montenegro terá telefonado a Marcelo Rebelo de Sousa, que não atendeu a chamada.
O encontro decorreu na véspera da discussão e votação da moção de censura do PCP no Parlamento. A data foi decidida na manhã desta terça-feira em conferência de líderes parlamentares. É a segunda moção de censura apresentada ao executivo de Luís Montenegro no espaço de 12 dias.
A moção de censura tem chumbo garantido, uma vez que o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, já anunciou que não pretende viabilizá-la.
A moção de censura surge na sequência da polémica que envolve a família de Luís Montenegro e a empresa Spinumviva, que até sábado era detida pela sua mulher, com quem é casado em comunhão de adquiridos, e filhos. No sábado, o primeiro-ministro anunciou que passou a empresa para o nome dos filhos.
Pouco depois, na declaração em que anunciou que iria apresentar a moção de censura, o secretário-geral do PCP, Paulo Raimnudo, defendeu que o Governo “não está em condições de responder aos problemas” de Portugal e “não merece confiança”, mas sim censura.
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