O presidente do partido, Lo Kin-hei, declarou na quinta-feira à noite que um grupo de trabalho vai organizar uma assembleia geral para que os 400 membros tomem uma decisão final sobre o futuro do partido e tratem das questões jurídicas relacionadas com a dissolução.
A medida, tomada pela direção da formação política durante uma reunião realizada esta semana, surge na sequência da aplicação da recente lei de segurança nacional na cidade, em 2024, que intensificou a repressão da dissidência e deixou a oposição à deriva, segundo escreve a agência de notícias Efe.
Fundado em 1994 e outrora o principal bastião da oposição no Conselho Legislativo (LegCo), o parlamento da cidade, o Partido Democrático encontra-se numa situação crítica, sem representação parlamentar ou nos conselhos distritais.
Lo Kin-hei não apresentou um calendário para a consulta aos membros e recusou-se a comentar se a decisão do partido se deve a pressões políticas.
Falar de dissolução “era inevitável”, afirmou, na quarta-feira, depois de muitos grupos e partidos locais se terem dissolvido quando Pequim impôs a primeira lei de segurança nacional, em 2020, em resposta aos protestos pró-democracia na antiga colónia britânica, um ano antes.
Em 2010, o Partido Democrático encetou negociações discretas com responsáveis em Pequim e conseguiu chegar a um acordo de compromisso sobre o caminho para a reforma política em Hong Kong, embora este diálogo secreto tenha sido fortemente contestado por apoiantes e aliados, que consideraram ser um ato de traição.
Atualmente, a polícia da ex-colónia oferece um milhão de dólares de Hong Kong (122.492 euros) por informações que levem à detenção de pelo menos 13 ativistas exilados no estrangeiro, acusados de violar a lei de segurança nacional.
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