A ministra da Saúde devolve a crítica ao Partido Socialista ao lembrar que o PS mudou 39 Unidades Locais de Saúde em dois meses, já depois da queda do Governo.
Ana Paula Martins estranha a demasiada atenção que se deu à substituição da Administração da ULS de Gaia/Espinho e por se ter feito do caso de Gaia um caso político: o Serviço Nacional de Saúde “não precisa de uma estrela, precisamos de 150 mil estrelas”.
Numa entrevista em que confessa que o que lhe tira o sono é não haver médicos de família para todos, a Ministra da Saúde garante que vai conseguir resolver “muito em breve” o problema do Hospital Amadora-Sintra com o regresso da equipa de cirurgiões que abandonaram o hospital e afirma-se empenhada em acabar com os médicos tarefeiros: “é um fator maligno dentro do SNS”.
A ministra justifica as alterações em diversos conselhos de administração das ULS para impedir a proliferação daquilo a que chama “estrelas”. Responsáveis que recebem “demasiada atenção”, diz, e dá o exemplo de Gaia-Espinho.
O PSD “não manda”
Acrescenta que nenhuma mudança de cnselhos diretivos de unidades de saúde resultou de pressão por parte do primeiro-ministro. Ana Paula Martins assegura que nunca lhe foi exigida por parte de Luís Montenegro nem do Governo nenhuma lealdade partidária e que o PSD “não manda” nas nomeações do SNS.
“Concordo com o presidente da República”, diz a ministra da Saúde sobre as declarações de Marcelo Rebelo de Sousa que afirmou a necessidade de apurar responsabilidades no atraso no atendimento por parte do INEM. À imagem do PR, Ana Paula Martins diz que “é hora de aparecerem resultados (…) doa a quem doer”.
Acerca da Direção Executiva do SNS, Ana Paula Martins admite estar a fazer retoques no modelo, mas defende a sua manutenção.
Durante a entrevista a tutelar da Saúde defendeu a participação do setor privado quando o SNS não conseguir responder às necessidades do setor público.
Entrevista conduzida por Natália Carvalho, editora de Política da Antena 1.
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