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Troço Soure-Carregado da linha de alta velocidade tem custo estimado de dois mil milhões de euros



“A estimativa do valor de investimento é de cerca de dois mil milhões de euros”, lê-se no resumo não técnico do estudo, em consulta pública na plataforma na Internet participa.pt, segundo o qual a duração dos trabalhos de construção está estimada em quatro anos.


A linha de alta velocidade Porto-Lisboa, em via dupla eletrificada, vai permitir uma velocidade máxima de 300 quilómetros/hora e destina-se exclusivamente a tráfego de passageiros.


O troço Soure-Carregado insere-se na fase 2, dando sequência aos projetos da fase 1, com declarações de impacte ambiental emitidas, respetivamente, em agosto de 2023 para Aveiro (Oiã)-Porto (Campanhã) e em novembro do mesmo ano para Soure-Aveiro (Oiã).


Já a fase 3 diz respeito ao troço Carregado-Lisboa.


O projeto atravessa os concelhos de Rio Maior, Azambuja, Alenquer, Cadaval, Caldas da Rainha, Alcobaça, Porto de Mós, Leiria, Marinha Grande e Pombal.


No documento, encomendado pela Infraestruturas de Portugal (IP), há duas soluções para o troço Soure-Carregado, A e B. A primeira tem quase 116 quilómetros e a segunda pouco mais de 117 quilómetros.


O troço foi dividido em quatro trechos – Carregado–Rio Maior, Rio Maior-Juncal, Juncal-Bidoeira e Bidoeira-Pombal -, apresentando-se várias alternativas de traçado segundo as soluções base.


No trecho Juncal-Bidoeira há ainda uma alternativa àquelas soluções, a variante de Regueira de Pontes (Leiria).


Esta variante inicia-se após a nova estação de Leiria, projetada para a zona da Barosa, e termina no final do trecho 3, “tendo sido criada como alternativa à passagem na freguesia de Regueira de Pontes, onde as soluções A e B, que neste troço são coincidentes, passam numa zona mais central da área urbanizada”, justifica o estudo.


Quanto à ligação da futura linha de alta velocidade à Linha do Norte, será feita na zona do Carregado, com uma via ascendente e outra descendente.


Por outro lado, a futura estação de Leiria “permitirá a interligação com a Linha do Oeste, sendo que, para o efeito, a Linha do Oeste é desviada do seu traçado atual” para junto da linha de alta velocidade, para “poder utilizar a estação conjunta”.


Assim, a linha atual é desativada entre os pontos de desvio, incluindo a estação de Leiria atual.


“Este desvio da Linha do Oeste integra uma via ascendente e outra descendente e articula-se com ambas as soluções [A e B]” apresentadas para a linha de alta velocidade.


Assim, a futura estação ferroviária de Leiria, que “funcionará para a alta velocidade e a ferrovia convencional (Linha do Oeste)”, terá associado o desvio da Linha do Oeste entre a Marinha Grande (a sul da estação) e Regueira de Pontes (a norte da estação), “de modo a levar a Linha do Oeste à nova estação”.


No caso da variante de Regueira de Pontes, “desde após a estação de Leiria até ao final do trecho 3”, esta permite “a passagem mais a norte no vale do rio Lis e também face ao núcleo mais densamente urbanizado da freguesia”.


“Todo este atravessamento se faz através de um extenso viaduto, cerca de 500 metros mais extenso que os das soluções A e B, e com um maior enviesamento e extensão no atravessamento do vale do Lis e do aproveitamento hidroagrícola”.


A consulta pública, que termina em 21 de março, recebeu até à manhã de hoje 50 participações.




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