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Vila Galé estima ter fechado 2024 com lucro de 105 milhões de euros e receita a bater recorde



Num encontro com jornalistas, em Lisboa, o administrador Gonçalo Rebelo de Almeida lembrou que as contas do exercício passado não estão fechadas, mas que “deverá haver um crescimento dos lucros previsível para os 105 a 106 milhões de euros”, face a 100 milhões em 2023.


A acontecer será um crescimento de 5%.


Gonçalo Rebelo de Almeida disse ainda que as receitas do grupo hoteleiro em Portugal cresceram 9% para 172 milhões de euros, enquanto as do Brasil atingiram os 682 milhões de reais (cerca de 110 milhões de euros ao câmbio atual). Já o primeiro hotel do grupo em Espanha, em Isla Canela, registou receitas de seis milhões de euros em 2024, naquele que foi o seu primeiro ano de operação, não tendo por isso comparação com outros exercícios.


No total, o grupo obteve, assim, 290 milhões de euros de receita, disse.


Em 2023 as receitas totais do grupo foram de 275 milhões de euros, um aumento de mais de 20% face a 2022, e atingindo o melhor ano de sempre em Portugal e no Brasil, anunciou o presidente da Vila Galé, Jorge Rebelo de Almeida, no ano passado.


Hoje, o grupo conta com 45 hotéis, 32 em Portugal, um em Espanha, 11 no Brasil e um Cuba.


O preço médio nos hotéis do grupo em Portugal subiu 8% para os 120 euros, sem IVA e sem o pequeno-almoço.


Já a taxa de ocupação – com um crescimento de hóspedes de 5% – aumentou 4%, em 2024, para 55%.


No Brasil a taxa de ocupação “manteve-se nos 53%”, ao passo que o preço médio nos `resorts` rondou os 1.100 reais e nos hotéis de cidade “os 400 a 450 reais”.


Gonçalo Rebelo de Almeida disse que em termos de mercados “houve mudanças”, mas que o principal continua a ser o português, representando cerca de 40% a 45% em 2024, mais 6%.


Ainda assim, acrescentou, o grande destaque vai para os turistas vindos dos Estados Unidos da América e Canadá em 2024: o mercado norte-americano cresceu 30% e o do Canadá 25%.


O administrador enfatizou que “a grande viragem” da visita dos turistas alemães “deu-se em 2024”, que depois de comportamentos de atividade fracos em 2022 e 2023, aumentaram também 23%.


O administrador lembrou que o grupo quer continuar a apostar nestes mercados, nomeadamente no norte-americano, que há “cinco ou seis anos nem aparecia” nos `rankings` do grupo e hoje são dos turistas com maiores crescimentos, “a disputarem posições no 3.º, 4.º ou 5.º lugar” destas tabelas.


Para além disso, são turistas que “ficam mais noites e alargam a presença a todo o território” nacional, nomeadamente Douro e Alentejo, onde o grupo também tem vários hotéis, explicou.


Seguiram-se os turistas do Reino Unido, que cresceram 1,3%, enquanto os do Brasil se mantiveram.


Com recuos, “dentro dos mercados que são relevantes” nos hotéis do grupo, registaram-se as visitas dos turistas espanhóis (-5%) e dos franceses (-10%).


Para 2025, as reservas que o grupo tem em carteira “apontam para um crescimento, com o perfil e tipo de cliente a manter-se parecido com o de 2024”, disse.


“Já não prevemos um crescimento expressivo, mas ainda prevemos que vai haver crescimento da taxa de ocupação e da receita”, explicou Gonçalo Rebelo de Almeida.


Em termos de recursos humanos, o administrador lembrou que “este continua a ser “o grande desafio”.


“O maior aumento de custo que tivemos foi no investimento – que é assim que preferimos chamar – em recursos humanos. O número de colaboradores aumentou com os novos hotéis, mas estamos a falar de um crescimento da massa salarial acima dos 10%” em 2024. Um número que – ressalvou – ultrapassou o crescimento das receitas em Portugal.


Sem contar com as contratações anuais pela sazonalidade da atividade – entre 500 a 600 pessoas – o grupo tem 1.700 trabalhadores, 85% destes de nacionalidade portuguesa, seguido dos do Brasil e Cabo Verde.



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